Tem certeza de que sabe a diferença entre analista CVM e consultor CVM?
Como sempre falamos, o leque de oportunidades dentro do mercado financeiro está cada vez maior. Consequentemente, as oportunidades de atuação estão a todo vapor.
No artigo de hoje vamos falar sobre 2 carreiras, enfatizando as principais semelhanças e diferenças entre elas.
Continue sua leitura!
Analista de investimentos CVM
O analista de investimentos atua nas análises e recomendações de valores mobiliários por meio de relatórios que são encontrados com certa periodicidade em sites de bancos, corretoras ou empresas de análise.
A sua recomendação é considerada massificada, uma vez que é feita sem levar em conta os distintos perfis de investidores.
Ou seja, os investidores assinam o relatório, têm acesso às recomendações e, então, decidem segui-las ou não nos seus investimentos.
É importante destacar que há 3 tipos de analistas:
Analista fundamentalista
Esse profissional utiliza a análise dos balanços e resultados da empresa, dados econômicos e indicadores fundamentalistas com o intuito de encontrar o “preço justo” das ações de uma empresa;
Analista técnico
Esse profissional utiliza a análise de gráficos e de indicadores técnicos para a tomada de decisões de entrada e saída em ações;
Analista pleno
Esse profissional atuará com análise fundamentalista e técnica. De acordo com a Apimec, atualmente (14/5/21) temos 1003 profissionais certificados.
Muito importante: profissionais que querem atuar nessa carreira, além de passarem na prova da Apimec, é preciso solicitar junto à CVM o registro. Só assim eles estarão autorizados a atuar nessa carreira.
Se quiser conferir mais sobre a diferença entre registro e certificado, é só clicar aqui!
Consultor de investimentos CVM
O consultor de investimentos CVM, diferente do analista, pode recomendar e montar carteiras de investimentos aos seus clientes pessoas físicas ou jurídicas, mas precisa ser de forma individual.
Ou seja, ele não pode fazer um relatório, por exemplo, e recomendar a todos os seus clientes. É preciso fazer um atendimento individualizado, fazer o API, entender melhor as características dos clientes e, então, recomendar.
Assim como o Analista, o consultor de investimentos CVM, além de ter sido aprovado em uma das certificações obrigatórias – CEA, CFP, CNPI, CGA ou CFA -, ele precisa solicitar, junto à CVM, o registro.
Quais as principais diferenças de um consultor para um analista?
O consultor tem que seguir a instrução CVM nº 539, que está relacionada ao suitability, ou seja, é conhecer seu cliente.
No seu dia a dia de trabalho, antes de dar qualquer recomendação ao seu cliente, ele tem que fazer um questionário de suitability para entender o perfil de risco dele e, então, fazer a recomendação de acordo com o perfil identificado.
O consultor pode recomendar uma ação específica?
Sim, mas ele sempre tem a obrigação de entender o perfil do seu cliente e avaliar se aquela recomendação está alinhada ao seu perfil de suitability.
E a remuneração?
A remuneração do consultor de investimento é paga pelo investidor, ou seja, seu cliente. Inclusive, é importante destacar que o consultor de valores mobiliários atua, na maioria dos casos, de forma independente.
Então, ele pode ter o próprio CNPJ e ter um escritório de consultoria. Isso porque ele não precisa necessariamente estar vinculado a uma instituição financeira para atuar.
Bate-papo com a CVM
Confira 3 episódios do bate-papo entre o professor Eduardo Tavares e Rafael Custódio, gerente de Acompanhamento de Investidores Institucionais da CVM, sobre certificações do mercado financeiro.
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