Reestruturação de Empresas: por que as empresas precisam de turnaround? Por que elas precisam ser reestruturadas?
Já parou para pensar nisso?
Graças ao atual cenário político-econômico que vivemos, tem sido comum encontrarmos empresas que não estão caminhando da forma como planejaram.
Hoje em dia são observadas, principalmente, 3 tipos de cenários:
– Empresas “familiares” ou, até mesmo, startups, ou seja, empresas pequenas que cresceram de forma rápida, mas nada estruturadas, sem processo e organização. Os colaboradores não sabem quem são, de fato, seus superiores, quais as prioridades etc.
– Empresas médias que hoje em dia não conseguem inovar, estão sempre atrás na competição e tem se mostrado estagnada em diversos aspectos, desde tecnológicos, quanto no quesito comunicação.
– Empresas grandes que até dado momento que está tudo bem, mas não é bem assim e, inesperadamente apresenta um corte expressivo de benefícios e de colaboradores.
E como reverter tais situações? Como mudar o caminho trilhado por essas empresas e conquistar sucesso e liderança em seu segmento?
Diante disso, muitas empresas têm recorrido à Reestruturação de Empresas como forma de reverter o cenário encarado.
Mas por que empresas precisam de Reestruturação? Quais são os fatores que contribuem para essa necessidade Reestruturação?
Há fatores internos e externos, isoladamente ou combinados entre si, que são os responsáveis pela reestruturação de corporações.
E é o papel do Reestruturador de Empresas saber quais são eles, bem como como se munir de estratégias para não somente driblá-los, mas entender como eles agem e, de certa forma, saber prever, se antecipar e antecipar a empresa assessorada.
Fatores Internos
Os fatores internos são relacionados, principalmente, aos responsáveis pelo gerenciamento do negócio e àquilo que é referente a essa função.
Por exemplo, receita, custos e despesas, recursos humanos, processos internos, estrutura de capital, gestão de caixa e investimentos etc.
Mas talvez o que você não saiba é que os fatores externos, na maioria das vezes, intensificam os aspectos internos. Sabia disso?
Continue sua leitura e saiba profundamente quais são os 11 principais fatores externos que você, Reestruturador de Empresas, deve sempre se atentar.
Fatores externos
Os principais fatores externos que ocasionam na necessidade de reestruturação estão relacionados à política, à economia, à demografia e aos aspectos ambientais, aos hábitos de consumo, às mudanças legislativas, ao surgimento de novas tecnologias e à instabilidade geopolítica.
Fatores externos, ao contrário dos internos, não podem ser controlados pelas empresas. Dessa forma, é preciso estar preparado para enfrentá-los.
Por isso, selecionamos a você 11 fatores externos a serem analisados previamente e durante o processo de reestruturação.
1. PIB
O PIB afeta a receita da empresa, bem como o planejamento de investimentos e a oferta de crédito. Por isso, esteja sempre atento ao movimento do PIB para que você tome ações corretivas antes que essa mudança ocasione uma situação de risco para a sua empresa.
2. Oferta de Crédito
A oferta de crédito impacta no financiamento disponível, reduz o aumento da inadimplência e, consequentemente, aumenta o custo de captação.
Nesse caso, quanto menor o crédito, maior o custo de captação.
3. Nível de confiança do consumidor
Saiba que, quanto mais confiante o consumidor está em relação ao crescimento da economia, há mais propensão para ele gastar.
Por outro lado, quanto menor a confiança, menos gasto e, como consequência há a perda de receita. Com isso, tem-se o impacto na formação de poupança, logo, há a redução do PIB.
4. Empregabilidade e renda
Tais aspectos afetam indiretamente a receita das empresas, bem como a confiança do consumidor, a sua propensão para o consumo e a renda disponível.
5. Inflação
A inflação é responsável pela oscilação de contratos. Por isso, é importante saber como a inflação está se comportando, como a empresa está posicionado na sua cadeia de valor para que ela não sofra com essa oscilação de inflação.
Esse aspecto também impacta no custo das dívidas e nos repasses para os clientes.
6. Taxa de juros
A taxa de juros impacta no custo de captação, nas despesas financeiras e na concessão de créditos para clientes e fornecedores.
Quanto maior a taxa de juros, menor a propensão das pessoas investirem na economia real e maior a propensão de deixar o dinheiro poupando em vez de gastá-lo.
7. Taxa de câmbio
Esse fator deve ser primordial principalmente se você estiver assessorando empresas que têm atividades de exportação e importação. Isso porque ele impacta no volume de exportações e importações, na competitividade da indústria nacional, no custo de maquinários e/ou matérias primas importadas etc.
Mas caso a empresa assessorada seja exportadora, ela se beneficiará pois terá a receita maior em moeda nacional.
8. Política fiscal
A política fiscal impacta o fluxo de caixa e a competitividade.
Uma mudança em uma alíquota de imposto pode impactar diretamente na sua geração de caixa. Além disso, ela impacta também na sua competitividade.
Por exemplo: há a possibilidade de um concorrente estar em uma região com isenção de impostos, por isso, ele poderá precificar melhor do que a empresa assessorada.
9. Política internacional
Representam acordos internacionais para a obtenção de matérias-primas e de outros bens e serviços. Além pode representar restrições a determinadas transações internacionais.
10. Regulamentação de setores
São restrições à exploração de negócios em setores específicos, regulamentação de relações concorrenciais (ex.: CADE), relação de preço de venda (ex.: setor elétrico/Petrobrás) etc.
11. Regulamentação técnica
São normas de produtos, de segurança, de comercialização, de qualidade etc.
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Estevão Seccatto Rocha tem mais de 15 anos de experiência na área de assessoria de acionistas e administração de negócios, bem como empreendedor, consultor e executivo. Além disso, é especializado em situações complexas (crise e pressão de tempo) com abordagem holística, implementando soluções que criam valor.
Também é professor de Turnaround e M&A na FIA Business School (presencial) e Mundo Financeiro (on-line), e criador do Turnarounders BootCamp e do primeiro Certificado Brasileiro em Turnaround, 100% online.
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