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Mito ou realidade? Desvendando dúvidas comuns sobre o mercado de trabalho

MITO OU REALIDADE?

Olá, colegas do Mundo Financeiro!

Inicialmente, agradeço a sua ilustre presença em nossa coluna.

O assunto de hoje, na verdade, pode ser tratado como “um mix de perguntas sem respostas”, mas buscaremos clarear seus pensamentos para que você se saia bem na próxima entrevista.

Poderíamos conversar sobre inúmeros assuntos, mas focarei em três muito comuns: idade (até quando os bancos contratam?), negociação salarial e tempo fora do mercado de trabalho. São pontos que causam muitas dúvidas na cabeça dos profissionais.

Nesses assuntos, não há certo ou errado. Isso porque os recrutadores são pessoas, gente como nós, que, ao tomar decisões de contratação, podem colocar preferências pessoais à frente de todo o resto.

IDADE X CAPACIDADE.

É notório que o mercado financeiro, se falarmos dos grandes bancos, prioriza profissionais mais jovens, alegando (de forma obscura) que são pessoas com mais energia, mais ligadas ao mundo tecnológico, no qual os bancos estão inseridos. O mercado, contudo, tem muitas outras portas abertas para quem tem mais idade, como acontece nas cooperativas. Há inúmeras justificativas para escolher os mais novos, mas a realidade é que há temor acerca da performance dos mais maduros. Esse assunto jamais será discutido com clareza, mas basta consultar profissionais das instituições para verificar a dura realidade.

Uma dica que dou ao colega que construiu carreira na área bancária: olhe para outras opções; não se prenda aos bancos. É conversa mole essa de que não há preconceito, ainda mais em nosso país. Basta alguns minutos no Linkedln e outras redes para confirmar o que acabo de afirmar.

Há espaço para você, sim!

– não se esqueça de que a adversidade do desemprego e o tempo não têm poder de apagar a sua história rica;
– você continua sendo capaz de gerar valor e ser útil, mesmo que seja um jovem de 50, 55 ou 70 anos. Talento e vontade de realizar não dependem de idade. Busque as instituições nas quais essas características sejam valorizadas;
– uma dica que vale para todas as idades: busque constantemente conhecimento técnicos, como especializações e cursos, certificações e vivências em palestras. O conhecimento não garante nada, mas é uma bela arma para combater o preconceito;
– construa uma rede de relacionamentos sólida, mas lembre-se de não apenas pedir e querer receber. Doe-se, faça o seu melhor por alguém, seja presente, pois as indicações contam muito para os profissionais acima dos 35 anos, mais do para os mais jovens;
– cuide de sua saúde mental e física: coma bem, durma bem, ore e pratique esportes (meio caminho estará andado).

As empresas têm (algumas abertamente, outras não), políticas internas sobre régua de idade para algumas posições. Informalmente, conversando com colegas, você pode ter mais informações sobre como pensa aquela instituição com a qual você tanto sonha.

QUAL A SUA PRETENSÃO SALARIAL?

O que responder quando a empresa perguntar sobre sua pretensão salarial?

Esta é uma das questões mais temidas por quem está procurando emprego. Não por menos, já que falar sobre salário, para muitas pessoas, ainda é considerado um tabu. No entanto, muitas empresas usam como critério de seleção a pretensão salarial indicada pelos candidatos. Assim, eles encontram os perfis mais adequados ao que elas estão dispostas a pagar.

Veja dicas abaixo e prepare-se para a sua entrevista de emprego:

Mercado
– é preciso pesquisar valores e benefícios antes de definir a pretensão salarial;
– pesquise a média salarial da sua profissão;
– não há como definir um valor sem saber quanto o mercado está pagando na sua área, portanto, esse deve ser o primeiro passo.

Entenda a empresa na qual você quer trabalhar
– a empresa para a qual se candidatou é pequena, média ou grande?
– qual é o segmento de atuação dela?

Essas são perguntas importantes, que você deve responder antes de definir sua pretensão salarial. Tais particularidades fazem com que as empresas tenham variação de salário entre si.

>>> Considere o seu perfil e valor no mercado
Especialistas indicam que candidatos que estão trabalhando devem pedir de 15% a 25% a mais do que o salário atual, para compensar a mudança de emprego. Se o profissional está desempregado, o ideal é que o valor proposto se aproxime da média do mercado.

>>> Sua experiência também faz diferença
Tempo de experiência, trajetória profissional, resultados obtidos, cursos e especializações são fatores que devem ser levados em conta na hora de decidir um valor. Afinal, podem ser diferenciais que tornam o seu perfil mais atraente aos olhos do recrutador e, portanto, podem aumentar sua pretensão salarial.

>>> Só mencione o assunto se for perguntado
Você só deve falar sobre o assunto caso seja perguntado durante a entrevista de emprego, ou, ainda, caso tenha sido solicitado ao enviar o seu currículo.

>>> Veja os benefícios oferecidos
Os benefícios oferecidos pelo empregador também influenciam no valor. Horário de trabalho flexível, participação nos lucros, plano de saúde, além das perspectivas de crescimento na empresa e proximidade da sua casa devem ser “ajustados” em seu cálculo.

>>> Custo de vida
A mesma vaga pode oferecer salários diferentes em estados distintos. Isso porque gastos como moradia, alimentação e transporte não são os mesmos em todos os lugares. É preciso pedir uma remuneração que esteja de acordo com o padrão de cada local.

>>> Cuidado com salários abaixo da média
Alguns acreditam que pedir um salário abaixo da média é uma boa estratégia para conseguir a vaga. No entanto, a prática não garante o resultado esperado. Ainda que você seja chamado para ocupar a vaga, pode acabar bastante frustrado com o emprego, trabalhando muito por pouco. E o pior: será tarde demais para renegociar o valor. Mas também fique alerta ao pedir salários muito altos.

Outro erro comum é pedir um salário muito acima do mercado, ou superior ao que a empresa está oferecendo. É preciso, primeiramente, que as suas qualificações justifiquem o valor elevado. Durante o processo seletivo, o recrutador pode ter a impressão de que você não se sentirá satisfeito com um salário menor, e, portanto, nem chegará a negociá-lo com você, fazendo com que perca a vaga.

>>> Saiba negociar
Mostrar-se flexível e aberto a negociações é essencial nesta etapa. Para chegar a um bom acordo, evite utilizar valores exatos, optando por faixas salariais, o que dará uma margem de negociação maior tanto para o candidato como para a empresa. Na hora de justificar sua pretensão salarial, demonstre firmeza e clareza. A linguagem corporal conta nessa situação: não demonstre estar desconfortável, mas também não seja prepotente.

MUITO TEMPO AFASTADO DO MERCADO? COMO ABORDAR ISSO NA ENTREVISTA?

O profissional que por motivos pessoais (maternidade, estudos e outros fatores) está há algum tempo fora do mercado é alvo de muitos questionamentos implícitos:
– qual o seu problema? Será que vale a pena investir em você?
O profissional pode se sentir inseguro ao participar de uma entrevista, algo natural, mas que deve ser superado.

– reforce que você se manteve atualizado sobre cenário e conhecimentos (isso poderá ser provado na entrevista);
– destaque as atividades realizadas no período fora do mercado (freelancers, prestações de serviços, projetos sociais, educacionais, voluntários e outros) – Vale quase tudo, ok? Jamais minta sobre suas atividades;
– não se culpe por ter sido desligado do último empregador. Mantenha seu foco em suas realizações, conquistas, relações interpessoais e portas abertas. Se tiver referências pessoais, SHOW. Não é crime ser desligado, todos podem passar por isso (cortes, reestruturação, incompatibilidade com gestor, etc.).

Bom, esperamos que este bate-papo seja útil e nos encontramos na próxima semana com muito mais conteúdo sobre mercado financeiro e carreiras.

Um forte abraço e até lá.

Veja também:

As certificações na área financeira: para quem e quando são necessárias?

Fintechs: o que você ganha se elas crescerem?

Os processos seletivos no segmento financeiro – potencialize o seu processo de busca por recolocação

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