Com o cenário de taxa de juros baixa, investir na Bolsa de Valores é a única opção?
Vivemos hoje patamares de taxa de juros nunca vistos.
O brasileiro (mal) acostumado a ter 1% ao mês sem riscos, vê seus rendimentos diminuírem nos tradicionais fundos DI.
A notícia para o investidor extremo conservador não é boa.
O boletim Focus publicado no dia 14.10.19 aponta para taxa Selic em 4,75% a.a. já para o final de 2019.
Paralelo a isso os grandes bancos já acreditam em Selic em patamares de 4%a.a. para 2020, tendo vista um IPCA projetado de 3,7% para o mesmo período. Ou seja, o horizonte que vemos em frente é de juros real próximo a 0.
Qual a resposta a isso?
A procura por investimentos em produtos com nível de risco maior está crescendo exponencialmente.
De acordo com o site da B3, em 2019 já tivemos mais de 600 mil CPFs cadastrados na Bolsa de Valores.
Em 2002 a bolsa contava com pouco mais que 85 mil CPFs e para chegar na marca de 600 mil foram mais de 7 anos. Somente em 2010 a bolsa passou desse patamar.
Esse crescimento é fomentado, entre outros fatores, pelos bons resultados do Ibovespa.
Em 2016 tivemos o crescimento de 38,9%, 2017 crescimento de 26,9% e 2018 crescimento de 15%.
Mas a Bolsa de Valores é minha única opção?
A Bolsa de Valores não é a única opção de investimento para fugir dos tradicionais DI pós-fixados e a poupança.
Os Fundos de Ações e Multimercados são ótimas opções para quem não tem tempo disponível para fazer uma análise mais aprofundada de uma empresa para então fazer seu investimento.
Os fundos têm o gestor, que muitas vezes é uma equipe de especialistas, que faz este trabalho de escolha dos papéis que serão incluídos na carteira do fundo, dentro de uma política pré-definida, para gerar o resultado projetado.
De acordo com dados da Anbima, a captação líquida de fundos de investimentos acumula, em 2019, R$ 205,7 bilhões.
Quando falamos de Fundo de Ações esse número é de R$47,7 bilhões e em Multimercados R$56 bilhões.
Os resultados obtidos por essas estratégias são bastante interessantes!
Os Fundos de Ações tiveram ganhos médios de 24,1% a 23,5%, o Ibovespa no mesmo período foi de 19,2%, já os Multimercados macro (que realiza operações com estratégias baseadas em cenários macroeconômicos de médio e longo prazos) tiveram retorno médio de 8,6% neste ano.
Os fundos de Renda Fixa que investem em títulos de prazos mais longos chegaram a registrar 15,1% de rentabilidade no mesmo período.
Qual a conclusão?
Por fim, a conclusão que podemos tirar é que não existe receita de bolo!
É preciso analisar:
- Todas as possibilidades de diversificação;
- O perfil de cada investidor;
- objetivos de vida;
- Entre outros fatores.
E sempre que tiver alguma dúvida, contar com a ajuda de um Especialista em Investimentos!
Cíntia Cioffi: Profissional que atua desde 2010 no setor bancário. Teve um carreira sólida com Gerente de uma grande instituição financeira.
Atualmente é Especialista de Investimentos no Itaú e professora no Mundo Financeiro. Além disso, é pós-graduanda em Produtos Financeiros e Gestão de Riscos pela FIA Business School.
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