Mundo Financeiro

Os processos seletivos no mercado financeiro – potencialize o seu processo de busca por recolocação

Os Processos seletivos no mercado financeiro

Olá, amigos do Mundo Financeiro,

que bom estarmos juntos em mais uma semana falando sobre carreiras e o segmento financeiro.

Hoje, falaremos de um assunto complicado, por não ter um padrão definido: os temidos processos seletivos no mercado financeiro.

O processo seletivo é decidido em detalhes, e há muito que se poderia falar sobre o tema. Vamos focar nos principais pontos:

A dinâmica
Seria utopia falar em um padrão, mas algo é certo: nessa etapa, as empresas buscam conhecer algumas características dos candidatos, independente da área e da hierarquia do cargo em questão:
– Como lida com situações adversas (pode haver cenários de crise simulados nos testes para solução em grupo);
– Como lida com opiniões contrárias às suas (cada candidato dará sua visão sobre uma situação);
– Como defende e argumenta sobre as suas ideias;
– Capacidade de participação/liderança dentro de um grupo com objetivo em comum.

Não seja o mais expansivo, nem apenas um observador. Participe, interaja… tenha uma participação equilibrada!

Entrevistas digitais
Busquei resumir brevemente alguns pontos para que você, que encontra dificuldades nesta etapa de um processo seletivo, encare com segurança a modalidade que é tendência quando falamos de mercado de trabalho. Sucesso em suas buscas é o que desejo!

1- Cuidado com o que aparece ao fundo, enquadrado pela webcam! Você contrataria alguém bagunceiro?
Não é porque se trata de uma entrevista online que não se deve manter a formalidade e a organização. Portanto, se o lugar onde você está estiver desarrumado, o recrutador vai perceber e vai levar isso em consideração.

2- Vista-se como se fosse a uma entrevista presencial!
Não caia no erro de pensar que só porque está em casa, sentado no seu quarto, não precisa se vestir apropriadamente. Não se esqueça de que você deve impressionar o recrutador da mesma maneira como faria durante uma entrevista presencial. Se tiver a certeza de que o entrevistador não vai conseguir ver a parte de baixo, os sapatos são opcionais. Em alguns casos, há profissionais que ainda assim se calçam e até mesmo usam perfumes, para entrar em um estado mental que o coloque no clima da entrevista. A auto-estima aumenta com esses detalhes.

3- Alô, alô… TESTANDO!
Não há nada pior do que a imagem lenta online, conversas que chegam atrasadas e quedas abruptas de ligação numa entrevista. Passará uma má imagem, mesmo que você não tenha culpa disso. Precaução é TUDO.

4- Sorria, você está sendo filmado!
Não olhe para o monitor. Em vez disso, encare a câmera, pois isso dará a impressão de que você está olhando nos olhos do entrevistador.

5- Não ande, muito menos dirija, durante a conversa!
Além de não ser legal, conduzir e falar ao telefone ao mesmo tempo não é seguro. Portanto, inicie a entrevista em uma hora que sabe que vai estar completamente concentrado e parado.

6- Não faça a entrevista em lugares públicos!
Nada de fazer a videoconferência em centros comerciais, cafés e outros lugares em que o barulho será excessivo, podendo distrair você ou o entrevistador. O recrutador pode ter dificuldade em ouvir e rapidamente perderá o interesse em você.

7- Insegurança jamais!
As conversas via câmera podem causar insegurança e timidez. Se necessário, pratique com amigos e não se esqueça de olhar para a câmera na maior parte do tempo.

8- Não faças pausas vocais!
Muitos entrevistados ficam nervosos durante a entrevista, começam a gaguejar e a usar pausas vocais como “am”, “hum”, etc. Tente treinar antes, respondendo a algumas perguntas com maior possibilidade de serem feitas, para não dar ao recrutador a impressão de que você está nervoso(a).

9- Não faça a entrevista em locais escuros.
Às vezes, sua percepção de que a iluminação está boa pode lhe enganar. Portanto, ilumine bem o local onde você estiver com outras luzes além da emitida pela tela do aparelho.

10 – Tenha a base para que tudo flua bem.
Prepare-se buscando informações sobre as atividades comuns ao cargo que você busca, e também sobre a empresa que está lhe avaliando. No momento da entrevista, você deve se preocupar em se expressar de forma objetiva e clara, algo que será muito mais fácil se você conhecer o contexto em que está inserido.

O que os recrutadores analisam nas entrevistas gravadas, como por exemplo via Connekt?
Além da capacidade de expressão oral, o uso de gestos pode dar muitas informações sobre você.

Não é proibido gesticular, mas faça com moderação. O recrutador analisa o que o corpo fala. Muitos gestos nossos, inclusive os involuntários, informam coisas importantíssimas. Por isso, sugiro a leitura do livro “O Corpo Fala – A Linguagem Silenciosa da Comunicação Não-Verbal” de Pierre Weil e Roland Tompakow (Editora Vozes).

O vídeo mostra a atitude da pessoa, elimina as dúvidas do recrutador em pequenos atos, também é analisada a gestão do tempo para expor ideias, dicção, entonação, coesão dos pensamentos e nível de domínio sobre um determinado assunto.

AS PERGUNTAS MAIS EMBARAÇOSAS (algumas ente as muitas possíveis).
Qual o seu ponto fraco?
Não há ninguém perfeito, fuja do clichê “perfeccionismo”. Não tema e responda com segurança os defeitos que julga realmente ter, mas ressalte que você identifica e tem tratado isso progressivamente, para que não atrapalhe a sua rotina.

Por qual motivo devemos contratar você?
Na verdade, você já respondeu isso de forma “quebrada” em outras questões, então é uma boa alternativa você conectar as suas vivências ao que a vaga espera do profissional, mostrando que você será produtivo e eficiente.

Tem processos trabalhistas?
Fale a verdade, porque o mercado “se fala”!

O que fez você buscar esta empresa?
Pesquise sobre valores, cultura, não vá sem informações básicas. Vá além de respostas óbvias como salário e benefícios. Descobra o que liga você à empresa. Além disso, conheça bem o segmento, produtos, concorrentes, pois isso pode ajudar.

Qual motivo de seu último desligamento?
Diga a verdade, sem sentimento de culpa, afinal, não é crime ser desligado. Não fale mal de gestor, não culpe o mundo, faz parte do jogo haver pensamentos divergentes que podem resultar em uma demissão. Reforce suas entregas, conquistas  e seu relacionamento com os antigos colegas.

“Fale-me sobre você”…
Se o entrevistador lhe pedir isso, mantenha o foco no que diz respeito à vaga e às suas experiências profissionais (o que fará ser contratado). Se for falar de informações pessoais, diga apenas o essencial.

Por qual motivo quer sair da empresa atual?
É muito natural ter o sonho de atuar em uma empresa (a que está entrevistando você, no caso). Além disso, pode haver na relação entre você e sua empresa atual algum desalinhamento de expectativas ou fatores que ameacem sua posição em curto/médio prazo, como uma mudança de região, reestruturação, etc. Querer mudar faz parte, escrever uma nova história, desenvolver sua carreira e suas expectativas pessoais também.

Pretensão salarial?
Pesquise antes o porte da empresa, visite a plataforma Love Mondays para ver a média salarial, pergunte a colegas da instituição, considere a hierarquia da vaga à qual você concorre e a média de mercado. Cada caso é um caso.

OUTRAS DICAS:
– Leve sempre um CV impresso, objetivo e funcional, sem necessidade de foto (nem sempre o recrutador, infelizmente, terá o CV na mão);
– Cuidado com os gestos;
– Cuidado com tom da voz;
– Não seja prolixo (comunique muito falando o suficiente);
– Seja bom ouvinte (entenda o que de fato pedem no processo);
– Peça ao final do processo uma data prevista para retorno;
– Fique confortável em enviar um e-mail com breve agradecimento pela atenção concedida na etapa;
– Se a vaga é para a área comercial, atente-se a indicadores econômicos, cenários, números de sua carteira anterior e tudo que envolve o seu negócio;
– Fale com entusiasmo (todo mundo gosta de pessoas animadas);
– Evite gírias e gerúndio;
– Não use apelo emocional para comover recrutador.

Nos vemos na próxima semana com mais conteúdo funcional para sua carreira.

Abraços.

Veja também:

As certificações na área financeira: para quem e quando são necessárias?

Educação financeira para bancários: fugindo do vermelho e mantendo as portas abertas no mercado

Os processos seletivos no segmento financeiro – potencialize o seu processo de busca por recolocação

Veja mais sobre o autor no LinkedIn

 

Você também irá gostar

Adicionar comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *