Uma das classes de ativos mais procuradas, principalmente pelos investidores mais conservadores, são os investimentos em renda fixa.
Mas afinal, o que são? Como funcionam? Por que até hoje são os mais escolhidos pelos investidores? Continue a leitura!
O que são investimentos em Renda Fixa?
É uma classe de ativos que, além de oferecer ao investidor segurança, também tem baixíssimo risco e um rendimento “combinado” se ele esperar até o vencimento do papel. Ou seja, ao investir, você sabe que na data x terá o rendimento y sobre o valor que investiu.
Quando você opta por esse tipo de investimento, você empresta o seu dinheiro para o governo, bancos, financeiras, securitizadoras ou empresas privadas. E, em troca, recebe um rendimento combinado no momento da aplicação.
Por que no passado os Investimentos em Renda Fixa eram os favoritos?
Por anos a taxa básica de juros foi relativamente alta e esse aspecto garantia um bom retorno aos investidores que tinham seu dinheiro investido nesse tipo de ativo.
No entanto, a partir de 2016, por conta de fatores políticos e econômicos, a taxa de juros básica deu início a uma nova fase denominada pelos analistas como “novo ciclo de queda dos juros“.
Alcançamos a mínima histórica em Agosto de 2020, com a taxa de 2,0%a.a. Contudo, a partir de março 2021, ela começou a subir. Atualmente (Maio/2021) ela é de 3,5%a.a.
No artigo de hoje vamos falar um pouco mais sobre os 8 principais tipos de investimentos em renda fixa disponíveis no mercado. Vamos mostrar as principais características de cada um e também quem está por trás da emissão desses papéis.
1. Tesouro Direto
O governo, pela figura do Tesouro Nacional, emite títulos de renda fixa da dívida pública federal com o objetivo de financiar suas atividades como saúde, educação, segurança, entre outras.
Por meio do Tesouro Direto o investidor pessoa física pode comprá-los. Ao fazer isso, ele está emprestando o seu dinheiro ao governo e, em troca, recebe uma remuneração, que pode estar atrelada à Selic, ao IPCA ou à taxa prefixada.
Importante destacar que o Tesouro Selic (um dos títulos disponíveis no Tesouro Direto) é um dos principais investimentos recomendados para reserva de emergência, uma vez que possui alta liquidez e baixo risco.
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2. CDB: Certificado de Depósito Bancário
É um título de renda fixa emitido exclusivamente por instituições financeiras. Ele pode possuir liquidez diária ou somente no vencimento. Além disso, pode ser considerado uma das melhores alternativas para pessoas que têm seu dinheiro alocado na poupança e buscam algo mais rentável, contando com a mesma liquidez.
Ao investir em um CDB, o investidor empresta seu dinheiro para instituições financeiras para que elas financiem algumas de suas principais atividades como, concessão de crédito, de financiamentos, capital de giro etc. E, em troca disso, recebe uma remuneração, que pode estar atrelada ao CDI, ao IPCA ou à taxa prefixada.
CDBs são garantidos pelo FGC no limite de R$ 250 mil reais por CPF e por instituição.
3 e 4. LCI/LCA: Letra de Crédito Imobiliário/ Letra de Crédito do Agronegócio
São títulos de renda fixa emitidos por instituições financeiras lastreados em carteiras de crédito imobiliário (LCI) ou do agronegócio (LCA).
Ou seja, os recursos obtidos pelo banco por meio dessas aplicações são destinados ao financiamento de atividades do setor imobiliário (LCI) e do agronegócio (LCA).
Eles são isentos de Imposto de Renda para investidor pessoa física e garantidos pelo FGC no limite de R$ 250 mil reais por CPF e por instituição.
5 e 6. CRI/CRA: Certificado de Recebíveis Imobiliários/ Certificado de Recebíveis do Agronegócio
Assim como os investimentos anteriores, o CRI e o CRA também são lastreados em operações nos mercados imobiliários e do agronegócio. No entanto, eles são emitidos por securitizadoras, que são empresas intermediárias entre as empresas que captam os recursos e os investidores.
Tais instituições têm a função de antecipar o fluxo de recebíveis.
Por exemplo: uma construtora x construiu um condomínio com 100 casas e as vendeu de forma financiada. Em vez da construtora receber mensalmente o fluxo desses pagamentos, ela antecipa o valor total junto à securitizadora.
Assim a construtora já recebe antecipadamente e pode fazer outros empreendimentos. Enquanto isso, a securitizadora “empacota” esse fluxo de recebimentos das vendas e coloca para negociação no mercado por meio de um CRI.
Assim, ela capta o recurso que teve que pagar para a construtora e, no final das contas, quem recebe os fluxos de pagamentos das vendas das casas é o investidor que comprou o CRI.
7. Debênture
Também é um título de renda fixa de crédito privado emitido por empresas não financeiras como forma de elas financiarem suas dívidas ou planos de expansão. Ao investir nesse ativo, o investidor empresta dinheiro a tais empresas e em troca recebe um rendimento que pode estar atrelado a uma taxa prefixada, pós-fixada ou híbrida.
É válido ressaltar que esse tipo de investimento é recomendado para médio ou longo prazo, visto que os vencimentos tendem a ser maiores.
Importante: geralmente o rendimento de debêntures é superior aos oferecidos por outros ativos de renda fixa. No entanto, os riscos são maiores, principalmente pelo fato de não ter a garantia do FGC caso a empresa quebre.
Por outro lado, existem outros tipos de garantias atrelados à própria debênture além da classificação de risco que as agências deste ramo fazem.
8. LC: Letra de Câmbio
É um título de renda fixa muito parecido com o CDB. No entanto, a LC é emitida por financeiras, que são muito parecidas com os tradicionais bancos.
As financeiras em geral são instituições menores que os bancos tradicionais e trabalham com empréstimos pessoais, financiamentos e alguns produtos de investimento, como a LC. O FGC garantem os investimentos em LC no limite de R$ 250 mil reais por CPF e por instituição.
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